APRESENTAÇÃO
O grupo Sentidos do Barroco: outras direções, outras lógicas, outros gestos foi formado em 2016, quando criou e organizou o projeto, homônimo, como parte da programação do FranceDanse, uma iniciativa do Instituto Francês, do Consulado da França e do Sesc SP. Como resultado, gerou um ciclo de palestras realizadas no SESC/Centro de Pesquisa e Formação, reunindo pesquisadores nacionais e estrangeiros, da área de dança, música, filosofia, arquitetura e cultura popular, para pensar a apropriação do conceito de barroco, num diálogo entre as áreas de conhecimento, em diferentes contextos, e enfatizando-o na cultura brasileira. De lá para cá, o grupo vem promovendo workshops teóricos e práticos, em distintas instituições, e mantendo encontros mensais. O grupo tem estreita relação com pesquisadores franceses, portugueses e italianos que se debruçam sobre os estudos das danças europeias oitocentistas e novecentistas, sendo essa relação extremamente importante para friccionar indagações relevantes sobre os estudos das danças no Brasil colonial e imperial.
Objetivos
PESQUISA
No escopo da pesquisa do grupo, está o amálgama entre Dança, Música, História e Filosofia, com foco central nas questões sobre o corpo e com ênfase na pesquisa de inúmeras fontes históricas (tratados e documentos do século XVII ao XIX, europeus e brasileiros), promovendo uma análise crítica da intersecção entre estas áreas para discussões contemporâneas. Com uma formação mista, pois seus pesquisadores transitam por distintos campos do saber (tais como: dança, música, história e filosofia), o grupo vem investigando as danças que se situam no âmbito das discussões institucionais, portanto, aquelas abrigadas no seio da “oficialidade” dos séculos XVIII e XIX, com enfoque no Brasil. A bibliografia brasileira que concerne a esse estudo é inexpressiva, e compreender os procedimentos empregados que constituem uma lógica de corpo que dança, no ambiente de corte francesa e portuguesa, é de suma importância para se discutir o entendimento de dança que se estabeleceu no Brasil do século XIX e meados do século XX, e que ainda se faz presente no século XXI.
OBJETIVOS
Discutir questões centrais sobre o corpo que dança, sustentadas na relação com a música, com as estruturas de poder e com o contexto social em que as artes ‘oficiais’ são alocadas em diferentes períodos e ambientes (a partir do século XVII), estabelecendo um diálogo com questões contemporâneas, se faz urgente.
Ana Teixeira
Coordenadora
Artista, professora e pesquisadora. Doutora em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) e doutoranda em Filosofia (PUCSP). Estuda a relação entre poder, corpo, dança e instituição, com ênfase nos séculos XVII, XVIII e XIX.
Raquel Aranha
Coordenadora
Violinista, Doutora em Musicologia, pesquisadora da relação entre música e dança nos séculos XVII a XIX, e dos balés pantomimos dos entreatos operísticos dos séculos XVIII e XIX, com ênfase no contexto Ibérico.